Texto enviado na newsletter semanal das Histórias Curativas originalmente em Dezembro de 2016, com alterações.
Para reprodução por gentileza contatar a autora.
Que beleza é vermos o hemisfério sul comemorar o Solstício de Verão juntamente com essa festa chamada Natal, o nascimento de uma Criança Santa.
No entanto, antes de Maria, há inúmeras mitologias do feminino que contam lendas sobre a união de uma mulher “virgem” ou “donzela” – que quer dizer “não casada”, ou ainda “sem união com o masculino”, “não atrelada ao masculino” – a um ser divino ou fora do comum, e que juntos trazem transformações na vida humana, muitas vezes através de uma
São lendas egípcias, gregas, sumérias, nativo americanas, asiáticas, e outras que repetem quase a mesma história: como a união de uma jovem a um ser mítico traz aos seres humanos algum poder que antes não existia, como o fogo, a agricultura, a pesca no mar, fartura. Na mitologia cristã, quando Maria aceita dar à luz ao filho divino, estamos falando do prenúncio de uma Nova Era. Olhando para o momento histórico, havia enorme intolerância em relação a pessoas consideradas menores: mulheres, escravos, hebreus, pessoas consideradas criminosas. Podemos notar que isso não mudou muito nesses dois mil anos. Essa Nova Era trazia a mensagem divina “Amai-vos uns aos outros”, como disse o Homem Santo – Jesus, esse mensageiro do Feminino. E a mensagem era amar todos os outros.
Mas… Que tarefa difícil, neste momento mundial em que vemos tomar conta uma onda de intolerância e conservadorismo excludente e violento, muitas vezes feita em nome de religiões como o cristianismo, criada em torno de símbolos tão poderosos e tão mal compreendidos. Amar independente de raça, cor, credo, orientação sexual, opinião política, escolhas, opiniões. Amar bandidos e juízes, corruptos e corretos.
Amar era a mensagem desse ser considerado Divino por tantos no nosso mundo atual. Maria, a jovem donzela, disse SIM à mensagem. Será que nós dizemos sim ao chamado do Feminino Sagrado e do Amor Divino? Com todas as nossas justificativas ao ódio e à violência, a mensagem do Homem Santo talvez demore muitas gerações para ser compreendida.
Que neste Solstício possamos compreender melhor a todos. Que possamos receber o Chamado Divino do Feminino e nos tornarmos mais compreensivas, mais amorosas, mais tolerantes. Que o Natal seja abençoado por todas as criaturas divinas mitológicas que povoam a alma e a psique humana.
Texto enviado na newsletter semanal das Histórias Curativas originalmente em Dezembro de 2016, com alterações.
Para reprodução por gentileza contatar a autora.